quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Saudade...

Puts! Fiquei surpresa ao ver teu carro no estacionamento naquela manhã de terça-feira.
Não sabia que estarias por aqui hoje... coincidência danada de boa!
Saudade, só! Era saudade o nome da minha manhã.
Vou ver a minha Bella, que feliz!
Eufórica, mas sem pressa - você, de certo, sentiria a minha presença- converso com um conhecido e surges ao final do corredor, linda demais! Fico encantada, tão encantada e tão por acaso tudo que até o carinha some do nada. Nem lembro se ele se despediu, ou a última palavra que trocamos, só lembro de você caminhando até mim.
Linda, linda demais!
Camisa social azul clarinho de - colarinho e punho branco; cabelos presos; sapatilhas e calça social grafite – super definindo tuas curvas, MINHAS curvas!
Carregas um ornamento a mais que dá todo um charme a produção- um sorriso no rosto mega combinando com todo o resto!
 Te aproximas, não nos tocamos. Tu olhas pro lado, pões as mãos nos bolsos e dás uma volta de 360º sem que te peça. Eu pediria, confesso! Tavas linda demais, garota! Mas tu como sempre te adiantas aos meus desejos, realizando-os antes mesmo que te peça.
-Tá linda, moça!
-Tô nada! Tô feliz, isso é FELICIDADE!!!!!!
Bom demais ouvir isso, muito bom! Feliz também...
Te aproximas de mim e passas ao meu lado bem devagar sussurrando:
- Saudade, saudade de tu, Saudade da gente, Saudade da porra!
Era exatamente essa a minha sensação, SAUDADE. E olhe que ainda era terça- feira = menos de 24 horas longe uma da outra. Puts, como o lance de tempo é foda de relativo- aula de física era pra ser assim – sentindo...
E olhe que nossos corpos juntos conseguem explicar muitas e muitas teorias da física. Conversamos sobre isso, lembra? Eles só contradizem uma- dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço- sei!!!!! As vezes parece que somos uma só - Mesmo líquido, mesma taça.
Enfim – física à parte- a distância que se interpôs entre nós era tamanha que todas as vezes em que a palavra saudade foi proferida, ou até mesmo sentida estávamos cientes das amarras, da prisão que nos encerrava, nos distanciava – não, aqui não podemos matar essa saudade!
Nem feri-la, quem dirá matá-la, digo logo!
Não, não dá.  Não, não dava.
Difícil isso, rapaz! Te ver e não poder te tocar, te abraçar, te dizer o que sinto.
É, moça... encontramos as amarras das convenções sociais- lugares sociais que nos veem, nos entendem como outras – e que esperam que sejamos essas outras que eles entendem, que eles desejam. E aceitamos isso, ainda aceitamos esse lugar que nos foi imposto. Aceito por você e talvez um pouco por mim tb.
Continuas a tua caminhada no corredor e entras na sala- reunião de departamento- Corre garota! A pausa pra um café que deu tempo de tanto sentir e de tanto pensar!
Saio do prédio com um sorriso quilométrico – olho para as pessoas que passam e nada mais é como antes. No ônibus – pela janela - admiro o céu e deixo que o vento toque meu rosto e desarrume meu cabelo como quem diz pro mundo – eu tô aqui, quero brincar!  Me deixa viver que te deixo me tocar!
Falo baixo, ou penso alto [sei lá!]: Final de semana com gosto de saudade!

# Para minha linda, que sabe como deixar em meu corpo e em minha alma um gostinho de QUERO MAIS!

Nenhum comentário:

Postar um comentário